A História da Capela de São Miguel Arcanjo – São Miguel Paulista

A Igreja de São Miguel Paulista, também conhecida como Capela de São Miguel Arcanjo ou Capela dos Índios, foi criada em 1560 e reconstruída em 1622, tornando-se o templo religioso mais antigo da cidade de São Paulo.

A Capela de São Miguel Arcanjo

A capela foi erguida por Padre José de Anchieta e índios guaianases, sendo um marco na formação do bairro de São Miguel Paulista, que recebeu seu nome em homenagem à capela. A igreja é considerada um patrimônio histórico da zona leste e de São Paulo, que registra a história e a cultura de um povo e sua ligação entre o passado e o presente. A capela é um testemunho vivo da história do bairro e uma forma de entender de onde viemos e para onde estamos indo.

A Capela de São Miguel Arcanjo, também conhecida como Igreja dos Índios, é considerada o templo religioso mais antigo da cidade de São Paulo, tendo sido criada em 1560 e reconstruída em 1622 com técnicas rudimentares, porém avançadas para sua época.

Utilizando a técnica da taipa, que consiste em paredes de barro amassado, calçado e comprimido entre taipais de madeira desmontáveis, a capela teve participação fundamental dos índios guaianases na sua construção, sob a supervisão do carpinteiro Fernão Munhoz.

Foto antiga da Capela de São Miguel Arcanjo
Foto antiga da Capela de São Miguel Arcanjo – fonte: IPHAN

Tombada pelo Iphan em 1938 como sítio arqueológico mais importante da cidade de São Paulo, a capela passou por dois grandes processos de restauração, um entre 1939 e 1949 e outro entre 2006 e 2007, após os primeiros reparos de restauração em 1691 realizados pela Ordem dos Franciscanos. A capela é uma conexão com o passado histórico e cultural da região de São Miguel Paulista.

A grande restauração da Capela de São Miguel Arcanjo

Restauração da Capela de São Miguel
Restauração da Capela de São Miguel – fonte: http://www.catedralsaomiguel.org.br

Nos anos de 2006 e 2007, a Capela de São Miguel encontrava-se em um estado avançado de deterioração devido aos seus quase quatro séculos de existência. A restauração foi financiada com recursos obtidos através da Lei Rouanet, que permitiu um investimento de R$ 3,1 milhões.

Com essa quantia, foi possível realizar uma restauração profunda em toda a estrutura da capela, incluindo a substituição de toda a parte de alvenaria, o telhado e o madeiramento, bem como a reestruturação da parte hidráulica e elétrica, proporcionando modernidade e segurança para este tesouro nacional.

Além da parte estrutural, a restauração também cuidou dos adornos, como o altar, a pia batismal e as portas, tornando a Capela de São Miguel Arcanjo um registro fiel do Brasil Colônia.

A equipe de restauradores incluiu arqueólogos, cuja missão era realizar escavações nos espaços internos e externos da capela em busca de objetos antigos que fornecessem mais informações sobre os modos e costumes dos moradores de São Miguel Paulista do século XVII.

Curiosidades
Algumas curiosidades sobre a Capela de São Miguel Arcanjo são que ela foi construída com o objetivo de catequizar os índios da região e substituiu a primeira capela construída por volta de 1580.

Situada em um ponto estratégico, facilitava a obra dos missionários jesuítas, e na época de sua construção, o bairro de São Miguel Paulista se chamava Aldeia de Ururaí, nome indígena que significa “terra dos lagartos”.

A capela é uma das primeiras construções do Brasil Colônia em regiões longe da orla marinha e tem como uma de suas principais características o alpendre construído na frente, elemento muito característico da arquitetura jesuíta.

Entre os anos de 1693 a 1803, a capela serviu como convento-hospício, e até o ano de 1965, ostentava o título de igreja matriz de São Miguel Paulista, realizando diversas missas dominicais para atender todos os fiéis. A capela pertence à Diocese de São Miguel Paulista e a visitação pode ser agendada pelo telefone 011 – 2032-3921.

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