Crítica do filme – Direito de Amar (Single Man): Tom Ford é um dos mais conceituados e talentosos estilistas dos últimos tempos. Admirado por sua visão artística e expressiva da moda, Ford, recentemente, resolveu ampliar sua área de atuação e investir na carreira de cineasta. O estilista adaptou o livro Um Homem Só, de Christopher Isherwood, e dirigiu e produziu seu roteiro, de forma independente.
Análise do Filme: Direito de Amar (Single Man)
A Single Man, que no Brasil recebeu o título ridículo de Direito de Amar, é um produto cinematográfico que se esperaria de alguém como Ford. É absurda a elegância do filme, como Ford constrói uma belíssima estética para contar a história de sofrimento de seu protagonista.
É como na elaboração de uma coleção de moda: o artista pensa aquilo que deve passar e depois cria o conceito da embalagem para transmitir da melhor maneira possível. Funciona incrivelmente bem.
Se há algo em A Single Man é a sensação de estarmos contemplando uma obra de arte. Vemos a história do Prof. quarentão que perde seu companheiro de muitos anos, sob uma visão muito trabalhada e expressiva. Tudo é muito bem cuidado, bem acabado, muito bonito.
A sensibilidade do longa também é tocante. Ford explora os dramas de suas personagens de forma intensa e compreensiva e nos passa tudo isso. Nos envolvemos com a trama, com os anseios das personagens, com seus conflitos, com sua forma de vida.
É um filme de detalhes; detalhes de um dia na vida de seu protagonista; um dia que nos diz muita coisa sobre o que se passa em sua cabeça.
Quanto às interpretações, a essa altura, é pleonástico dizer que a atuação de Colin Firth é sublime, inteligente, compenetrante e Juliane Moore, uma coadjuvante brilhante, que dá um toque a mais ao filme.
Ficha Técnica
- Titulo: A Single Man
- Origem: EUA, 2009
- Direção: Tom Ford
- Elenco: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult e Matthew Goode
- Gênero: DRAMA
- Nota: 9.9