Longe de serem rappers, o MC5 (Motor City Five) foi uma banda emblemática surgida nos anos 60 em Detroit, EUA, que desempenhou um papel crucial no movimento punk, juntamente com ícones como Velvet Underground e Stooges.
Com uma mistura explosiva de drogas, escândalos judiciais, visual transgressor, discursos políticos e um som de rock’n’roll verdadeiramente pesado, o MC5 personificou tudo o que muitos desejariam encontrar nas bandas contemporâneas, mas que frequentemente parecem faltar.
Enfrentando críticas ferrenhas, os shows do MC5 eram palco não apenas da energia musical intensa, mas também de confrontos com a polícia. Suas letras eram repletas de ideias revolucionárias, e até mesmo a gravadora interferiu, obrigando a banda a modificar a frase ousada da faixa-título do álbum para algo mais palatável.
Ao assinar com a Atlantic, a banda teve que moderar seu comportamento, mas não sem incidentes, como a prisão de seu empresário, John Sinclair, por oferecer maconha a um policial de folga.
Sob o selo da gravadora, lançaram dois álbuns que se tornaram verdadeiros clássicos: “Back In The USA” (1970), apresentando hinos punks como “Shaking Street” e “The American Ruse“, e o monumental “High Time” (1971). Pouco tempo depois, a banda se desfez, mas sua influência perdura.
Os MC5 são imortalizados na história da música como uma das bandas mais influentes no desenvolvimento do punk e do hard rock. Eles verdadeiramente moldaram a cena musical com sua atitude e som distintos, deixando um legado duradouro.