Quando Adiléia Silva da Rocha resolveu adotar o nome artístico de Dolores Duran, que significa uma dor eterna, já se previa que seria uma das grandes vozes do estilo samba canção, caracterizado pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado.
Dolores começou a cantar muito cedo e seu primeiro prêmio foi aos dez anos de idade, no Programa de Ary Barroso, “Calouros em Desfile”.
Com a morte do seu pai, Dolores passou com 12 anos a sustentar a sua família. No ano de 1955 foi vítima de um infarto, ficando internada por trinta dias no hospital. Apesar das recomendações médicas, Dolores resolveu não segui-las, agravando seus problemas cardíacos.
A melancolia tornou-se presente na vida da cantora até que, no dia 23 de outubro de 1959, com apenas 29 anos, chega em casa às 7:00 da manhã, brinca na banheira com a filha adotiva Fernanda e passa os últimos cuidados com a sua empregada.
Suas últimas palavras foram “Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer”. Assim, faleceu prematuramente no auge de sua carreira a cantora que vivenciou intensamente, o amor, dores e anseios de uma vida!